Presidente mexicana propõe penalidades rígidas para espiões estrangeiros

A presidente Claudia Sheinbaum advertiu, nesta sexta-feira (21), que os estrangeiros que realizam atividades de espionagem sem autorização do governo do México enfrentarão penalidades severas e prisão imediata, segundo uma proposta de reforma legal.

A mandatária detalhou em uma coletiva de imprensa duas iniciativas de mudança na Constituição Mexicana, enviadas na quinta-feira ao Congresso assim que os EUA qualificou como terroristas seis cartéis do narcotráfico mexicano.

“Qualquer estrangeiro que realize uma atividade que não esteja dentro da estrutura de colaboração, coordenação e da lei de segurança nacional, se for preso, terá a punição mais severa possível”, disse a presidente.

A mandatária ainda desejou “que este (posicionamento dos EUA) não seja um pretexto para a intervenção no México (…), nós coordenamos, colaboramos, mas não nos subordinamos”.

A reforma, para a qual o partido governista tem os votos necessários, adverte que “não será permitida a intervenção em qualquer investigação ou processo sem a autorização expressa e a colaboração do Estado mexicano”.

Sheinbaum também exigiu que Washington combatesse essas e outras gangues criminosas em seu território. “Quem distribui e vende drogas nos Estados Unidos?”, perguntou ela.

O presidente americano Donald Trump acusa o México e o Canadá – seus parceiros no tratado comercial T-MEC- de não fazer o suficiente para deter a migração ilegal e o tráfico de fentanil, que está associado a dezenas de milhares de mortes por overdose nos Estados Unidos a cada ano.

No início de fevereiro, o magnata anunciou tarifas de 25% sobre todas as exportações de seus vizinhos se eles não intensificarem a luta contra esses dois flagelos, mas concordou em adiar a entrada em vigor por um mês enquanto negocia com os dois governos.

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