Bolsonaro diz que será um ‘problema’ para o STF ‘preso ou morto’ e pede anistia para condenados do 8/1

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu, neste domingo (16), aliados na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para defender anistia antes dos julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), marcado para dia 25 de março. No ato, o ex-mandatário afirmou que “preso ou morto” vai continuar sendo um “problema” para o Supremo Tribunal Federal (STF). “Eu estava nos Estados Unidos [no dia do vandalismo em Brasília] Se eu estivesse aqui, estaria preso até hoje ou quem sabe morto por eles. Eu vou um problema para eles, preso ou morto. Mas eu deixo acesa a chama da esperança, da libertação do nosso povo”, disse Bolsonaro. No discurso feito para apoiadores no Rio, o ex-presidente disse que já tem votos suficientes para emplacar a anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro, que também pode beneficiá-lo.

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“Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara. Nós seremos vitoriosos. Nós veremos aparecer a Justiça. Se não é para aquele outro Poder que existe para isso, pelo Poder Legislativo. Até se o Lula vetar, nós derrubaremos o veto”, declarou o ex-presidente. Ele defendeu o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e disse que “patriotas” fugiram do País para escapar do STF.

Bolsonaro disse ainda que o tamanho da pena imposta pelo STF aos vândalos que foram detidos na Praça dos Três Poderes foi calculada para justificar uma condenação de 28 anos de prisão contra ele. “O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”. Bolsonaro foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) como “líder” do plano golpista para se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022.

O ex-presidente também atacou o ministro do STF Alexandrde de Moraes que, segundo ele, teve uma “mão pesada” contra o PL nas eleições de 2022. “Houve sim uma mão pesada do Alexandre de Moraes por ocasião das eleições de 2022. Por exemplo, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo o aborto, eu não podia mostrar imagem do Lula defendendo celular e dizendo que isso era para tomar uma cervejinha, eu não podia mostrar imagens do Lula com ditadores do mundo todo”, disse.

Bolsonaro também voltou a questionar se realmente perdeu o pleito na quantidade de votos e citou o inquérito sigiloso do Supremo. A investigação motivou a sua inelegibilidade até 2030, quando ela foi apresentada a embaixadores em uma reunião no Alvorada. “O nosso governo fez o seu trabalho. Por que perdeu a eleição? Por que perdeu a eleição? Será que a resposta está no inquérito 1.361, secreto até hoje?”, indagou o capitão reformado. Em tom de campanha para 2026, Bolsonaro pediu aos seus apoiadores que eles elejam metade da Câmara e do Senado. Declarando que o STF “não vai derrotar o bolsonarismo”, o ex-presidente disse que, caso controle o Legislativo, vai “mudar os destinos do Brasil”.

Publicado por Sarah Paula

*Com informações do Estadão Conteúdo

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