CEO da Oncoclínicas destaca melhora em geração de caixa e eficiência

A Oncoclínicas, empresa especializada no segmento de saúde, apresentou um prejuízo contábil de R$ 759 milhões no quarto trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 87 milhões registrado no mesmo período de 2023.

Apesar do resultado negativo, o CEO da companhia, Bruno Ferrari, esclarece que o prejuízo é “meramente contábil, não caixa, fruto de um impairment da companhia”.

Segundo Ferrari, operacionalmente, a empresa obteve um lucro de mais de R$ 100 milhões.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 272 milhões, apresentando um ligeiro aumento de 0,2% na comparação entre os quartos trimestres.

Além disso, o Capex (despesas de capital) diminuiu significativamente, passando de mais de R$ 20 milhões no quarto trimestre de 2023 para R$ 1,5 milhão no mesmo período de 2024.

Foco na redução da alavancagem e geração de caixa

Um dos pontos destacados pelos analistas de mercado é o esforço da Oncoclínicas em reduzir sua alavancagem. Ferrari explica que parte dessa alavancagem é resultado das aquisições e da expansão da companhia, que mais que triplicou de tamanho desde o IPO.

A empresa adotou uma nova estratégia no último ano, focando na eficiência operacional e na geração de caixa.

“O que a gente faz? Olha para dentro de casa, traz custo-efetividade, traz uma eficiência operacional e com isso a gente consegue diminuir nossa dívida líquida a despeito do aumento das taxas de juros”, afirma o CEO.

Desafios e oportunidades no setor de oncologia

Ferrari destaca que o setor de saúde enfrentou desafios significativos no último ano, com fontes pagadoras estressadas devido ao aumento de custos, ainda reflexo da pandemia.

No entanto, ele ressalta que a incidência de câncer tende a aumentar com o envelhecimento da população, o que representa tanto um desafio quanto uma oportunidade para a empresa.

A Oncoclínicas tem expandido sua gama de serviços, cobrindo toda a jornada do paciente oncológico, desde o diagnóstico até a alta definitiva.

Isso inclui a incorporação de serviços hospitalares, cirurgias, diagnósticos e procedimentos mais complexos, como transplantes de medula.

Ferrari enfatiza a importância da custo-efetividade e da adoção criteriosa de novas tecnologias em oncologia.

“O importante aqui é oferecer o tratamento certo para aquele determinado paciente na hora certa, pelo tempo determinado, sermos adequadamente remunerados por isso e manter todo esse sistema equilibrado”, conclui o CEO.

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