Apple pode ter encontrado um novo motivo para fazer você comprar um iPhone

O produto mais lucrativo da Apple pode finalmente estar passando por uma mudança muito necessária.

Espera-se que a gigante da tecnologia faça em breve sua maior aposta em anos, lançando um iPhone significativamente mais fino na esperança de reacender o interesse em sua principal fonte de receita.

O novo iPhone mais elegante, às vezes chamado de iPhone “Slim” ou “Air” em reportagens da mídia, pode chegar no final deste ano como parte da linha do iPhone 17, de acordo com a Bloomberg, o Wall Street Journal e o The Information.

Esta seria a mais notável reformulação do design do iPhone em anos, possivelmente desde que a Apple lançou o iPhone X, sem botão home, em 2017.

Mas isso será suficiente?

O negócio de iPhones da Apple é estável; em seu primeiro trimestre fiscal, a receita de vendas de smartphones foi praticamente a mesma de um ano atrás e o lucro geral da empresa cresceu 4%.

No entanto, o produto está enfrentando uma série de desafios, incluindo consumidores segurando seus iPhones por mais tempo, a receita não atendendo às expectativas de Wall Street no último trimestre e a Apple perdendo terreno no mercado chinês de smartphones para concorrentes regionais.

Com isso, a empresa precisa descobrir como expandir seu negócio mais valioso.

A Apple não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNN Internacional.

Esta não é uma história nova. A Apple há muito tempo enfrenta pressão para continuar evoluindo e crescendo seu segmento de iPhone, apesar de desafios como um mercado de smartphones lento e competição acirrada na China.

Desta vez, no entanto, a grande aposta da Apple em inteligência artificial (IA) – que vem sendo divulgada como um dos atrativos do iPhone 16 – está demorando mais do que o esperado para dar resultado. Enquanto isso, a Apple pode ter que confiar em seus dispositivos físicos para impressionar os consumidores.

“Acredito que há mais pressão sobre a Apple do que nunca desde que a Samsung estava ganhando participação de mercado” graças às suas telas maiores, disse Patrick Moorhead, CEO e analista-chefe da empresa de consultoria de tecnologia Moor Insights & Strategy.

O iPhone 17 mais fino, deve chegar ainda neste ano, será cerca de dois milímetros mais fino que o modelo atual, de acordo com a Bloomberg. O aparelho, provavelmente, substituirá o iPhone Plus, a versão maior do modelo básico, na linha de smartphones da Apple.

A estrutura mais fina do celular deve ser seu principal atrativo; de outra forma, o aparelho terá muitas características semelhantes a dos iPhones atuais, como o botão dedicado para câmera e o recorte Dynamic Island perto do topo da tela, de acordo com o relatório da Bloomberg.

Uma medida como essa pode ser particularmente atraente na China, onde o design de produtos é uma alta prioridade para os consumidores, disse Nabila Popal, diretora sênior da equipe de dados e análises da empresa de pesquisa de mercado International Data Corporation.

A atratividade na China é crítica, porque a receita da Apple no país encolheu em seu primeiro trimestre fiscal do ano: US$ 18,5 bilhões, ante US$ 21 bilhões no ano anterior.

As vendas do iPhone na China caíram 25% no quarto trimestre, em comparação ao mesmo período do ano passado, graças à maior concorrência de marcas chinesas, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Canalys.

A gigante chinesa de tecnologia Xiaomi ultrapassou a Apple para se tornar a segunda maior marca de smartphone do mundo em agosto, conforme informou a Counterpoint Research, outra empresa que acompanha o mercado de smartphones, em setembro.

“Inovações de hardware são muito importantes para os consumidores chineses”, disse Popal, que é especialista em pesquisar smartphones e dispositivos de tecnologia de consumo.

“E dado o quão bem a espessura fina se saiu com os modelos Android, acho que lançar um dispositivo assim para a Apple pode ajudar sua participação” na China.

Os rivais da empresa já venceram a Apple. Em janeiro, a Samsung anunciou o Galaxy S25 Edge, uma versão mais elegante do seu smartphone mais recente. A Oppo, ma das principais marcas do mercado chinês, lançou uma versão superfina do seu telefone dobrável chamado Find N5 em fevereiro.

Mas alguns analistas dizem que será preciso mais do que apenas um novo design chamativo para atrair compradores. A Apple precisa convencer os consumidores a querer um novo iPhone, quer o antigo precise ser substituído ou não.

Os smartphones são dispositivos maduros; eles não mudam muito a cada ano, diferentemente do início da década de 2010, quando comprar um novo modelo significava desbloquear seu telefone com sua impressão digital pela primeira vez ou ter uma tela muito maior no bolso.

Em uma nota divulgada na última terça-feira (25), analistas do UBS escreveram que o usuário médio do iPhone (em mercados que não a China) mantém seus telefones por mais tempo: 37 meses, em comparação com aproximadamente 34 meses em sua pesquisa do ano passado.

A Apple Intelligence – nome do software alimentado por IA da Apple – pode ser a chave para mudar isso. Mas as ferramentas disponíveis atualmente não são exatamente dignas de atualização. Trata-se de recursos como resumir notificações, gerar emojis personalizados e pedir suporte técnico à Siri.

A Apple também disse recentemente que seu maior novo recurso, sem dúvida, que vem no Apple Intelligence, uma Siri reformulada, foi adiado.

Em vez de definir alarmes e responder perguntas, a nova Siri deve ser capaz de realizar ações em aplicativos em nome do usuário e incorporar dados armazenados no próprio iPhone nas respostas.

Essas são mudanças que a Apple acredita que podem alterar a maneira como usamos nossos telefones e interagimos com aplicativos.

Mas os consumidores terão que esperar mais para experimentá-lo. A Apple diz que é esperado que a tecnologia seja lançada no ano que vem.

A empresa provavelmente dará uma prévia do futuro do Apple Intelligence durante a conferência anual para desenvolvedores, a Worldwide Developers Conference (WWDC), que foi anunciada nesta semana e acontecerá em 9 de junho.

Os próximos anúncios da Apple — e se ela conseguirá cumprir essas promessas — podem ajudar a indicar se a IA será útil o suficiente para fazer com que os usuários do iPhone desembolsem uma atualização.

A Apple precisa de algo impactante– e talvez isso signifique um aparelho mais fino. Wall Street estará atenta para ver se será o software mais inteligente ou o design mais elegante que fará a diferença.

“Se você tem um [iPhone]14, ou mesmo se você tem um 15, provavelmente não há razão econômica para justificar a atualização agora”, disse David Vogt, analista do UBS. “E eu acho que essa é a pressão que a Apple sente.”

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Este conteúdo foi originalmente publicado em Apple pode ter encontrado um novo motivo para fazer você comprar um iPhone no site CNN Brasil.

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