Comediante Juliana Oliveira se pronuncia após denunciar Otávio Mesquita por estupro durante gravação

A comediante Juliana Oliveira se manifestou publicamente pela primeira vez após registrar uma denúncia contra o apresentador Otávio Mesquita, a quem acusa de estupro durante uma gravação do programa The Noite, em 2016. Em uma publicação nas redes sociais, Juliana afirmou que a decisão de tornar pública a acusação e buscar justiça foi difícil. “Neste momento, escolho o silêncio para me resguardar, organizar meus sentimentos, me afastar dos julgamentos da internet e encontrar apoio na minha família”, escreveu. Ela declarou ainda que, quando se sentir pronta, pretende falar sobre o caso para incentivar outras mulheres a denunciarem abusos.

A denúncia foi formalizada na última quinta-feira (27) junto ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). No documento, Juliana relata que Mesquita teria tocado suas partes íntimas sem consentimento, apesar de sua tentativa de afastá-lo. Imagens da gravação mostram o apresentador simulando movimentos sexuais enquanto a segurava com as pernas.

Na sexta-feira (28), Mesquita se pronunciou em um vídeo publicado no Instagram. Ele afirmou que a acusação se refere a uma “brincadeira” durante a abertura do programa de Danilo Gentili e reconheceu que, sob a ótica atual, não repetiria a atitude. “Naquela época, podia brincar muito, mas enfim. A distância entre o que aconteceu no palco e um estupro é gigantesca”, declarou. Em outra gravação, Mesquita lamentou a denúncia e disse confiar no andamento do processo. “Fico muito triste quando as pessoas fazem coisas que não são reais. Agora eu saio fora e deixo que a parte jurídica siga.”

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O episódio ocorreu em uma edição de The Noite em 2016. No vídeo disponível no YouTube, Mesquita chega ao palco pendurado por cabos de aço. Juliana Oliveira se aproxima para ajudá-lo a remover os equipamentos de segurança, momento em que ele toca seu corpo sem consentimento e simula movimentos sexuais. O advogado de Juliana, Hédio Silva Jr., declarou à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, que a legislação penal brasileira classifica como estupro qualquer ato libidinoso praticado mediante violência, mesmo sem penetração.

*Com informações do Estadão  Conteúdo
Publicado por Felipe Dantas
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