Sinais de vida surgem de escombros após terremoto em Mianmar e Tailândia

Sobreviventes foram retirados dos escombros em Mianmar e sinais de vida foram detectados nas ruínas de um arranha-céu que desabou em Bangkok nesta segunda-feira (31), enquanto os esforços se intensificavam para encontrar pessoas presas três dias após um grande terremoto no Sudeste Asiático que matou mais de 1.700.

Equipes de resgate libertaram quatro pessoas, incluindo uma mulher grávida e uma menina, de prédios desabados em Mandalay, a cidade no centro de Mianmar perto do epicentro do terremoto de magnitude 7,7 na sexta-feira (28), informou a agência de notícias chinesa Xinhua.

Uma guerra civil na nação do Sudeste Asiático, onde uma junta militar tomou o poder em um golpe em 2021, estava complicando os esforços para alcançar os feridos e desabrigados pelo maior terremoto de Mianmar em um século.

“O acesso a todas as vítimas é um problema… dada a situação do conflito. Há muitos problemas de segurança para acessar algumas áreas nas linhas de frente em particular”, declarou Arnaud de Baecque, representante residente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Mianmar, à Reuters.

Um grupo rebelde disse que os militares governantes de Mianmar ainda estavam realizando ataques aéreos em vilas após o terremoto, e o ministro das Relações Exteriores de Cingapura pediu um cessar-fogo imediato para auxiliar nos esforços de socorro.

Na capital tailandesa, Bangkok, equipes de resgate retiraram outro corpo dos escombros de um arranha-céu em construção que desabou no terremoto, elevando o número de mortos no desabamento do prédio para 12, com um total de 19 mortos em toda a Tailândia e 75 ainda desaparecidos no local da construção.

Máquinas de escaneamento e cães farejadores foram posicionados no local e a vice-governadora de Bangkok, Tavida Kamolvej, afirmou que os socorristas estavam trabalhando urgentemente em como acessar uma área onde sinais de vida foram detectados, três dias após o terremoto.

Chances realistas de sobrevivência diminuem após 72 horas, ela explicou, acrescentando: “Temos que acelerar. Não vamos parar mesmo depois de 72 horas.”

Em Mianmar, a mídia estatal disse que pelo menos 1.700 pessoas foram confirmadas mortas até domingo (30) e que o governo militar havia declarado um período de luto de uma semana a partir de segunda-feira.

O acesso à mídia foi restrito no país desde que a junta assumiu o poder. O chefe da junta, general Min Aung Hlaing, alertou no fim de semana que o número de fatalidades poderia aumentar.

Geofísico explica o que agravou situação de terremoto em Mianmar e Tailândia | AGORA CNN

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