Hamas pede a ‘qualquer pessoa que possa portar armas’ que lute contra o plano de Trump para Gaza

Um dirigente do Hamas pediu, nesta segunda-feira (31), aos seus simpatizantes em todo o mundo que peguem em armas para lutar contra o projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os habitantes de Gaza em países vizinhos.

“Diante deste plano sinistro, que combina massacres com fome, qualquer pessoa que possa portar armas, em qualquer parte do mundo, deve entrar em ação”, afirmou Sami Abu Zuhri em um comunicado.

“Não retenham um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todo mundo rompa seu silêncio”, acrescentou.

No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que permitiria que os líderes do Hamas abandonassem Gaza, se o movimento islamista palestino aceitar entregar as armas.

Netanyahu também disse que Israel está trabalhando na ideia de Trump de deslocar os moradores de Gaza para outros países.

O primeiro-ministro disse que, após a guerra, Israel garantiria a segurança geral em Gaza e “permitiria a implementação do plano de Trump”.

Alguns dias após sua chegada à Casa Branca, no final de janeiro, Trump propôs um deslocamento em massa das 2,4 milhões de pessoas que vivem no território palestino, sem elas que possam retornar.

Posteriormente, ele pareceu recuar e afirmou que “não imporia” seu projeto, amplamente condenado pela comunidade internacional.

Israel retomou os bombardeios aéreos e a ofensiva terrestre contra Gaza em 18 de março, quando encerrou uma trégua frágil estabelecida após 15 meses de guerra.

O conflito começou com o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.218 mortos, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.

A resposta militar de Israel deixou pelo menos 50.277 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, cujos dados são considerados confiáveis pela ONU.

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