Penitenciária em Pernambuco é desativada por problemas estruturais

O governo de Pernambuco transferiu, nesta terça-feira (1º), 472 detentos da Penitenciária Professor Barreto Campelo, localizada na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), para outras três unidades prisionais do estado.

A decisão foi tomada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização de Pernambuco (SEAP), que desativou a penitenciária, em funcionamento há mais de cinco décadas. A deterioração estrutural do local foi um dos principais fatores para a medida.

Para realizar a transferência dos presos, foi deflagrada a Operação Ponto Final, que contou com a participação de 115 policiais penais, 12 policiais civis, 332 policiais militares, além de efetivos do Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal e serviços de inteligência.

A Penitenciária Professor Barreto Campelo tinha capacidade para 640 detentos do regime fechado. Segundo o governo do estado, a desativação foi necessária devido às condições precárias das instalações.

As áreas de convivência, os setores administrativos e de apoio estavam igualmente deteriorados, agravados pela falta de manutenção preventiva e corretiva. O sistema de esgoto também apresentava falhas, e as estruturas das muralhas e passarelas não estavam em bom estado de conservação.

“Considero um grande avanço para o sistema prisional do estado, pois a desativação da Barreto Campelo significa cuidado e respeito com a população privada de liberdade e os profissionais que lá trabalhavam. Vamos seguir com todas as mudanças necessárias ao processo de ressocialização do apenado”, ressaltou o secretário de Administração Penitenciária e Ressocialização, Paulo Paes.

Inaugurada em 13 de dezembro de 1973, a Penitenciária Barreto Campelo foi, por cinco anos, a única unidade prisional masculina para detentos do regime fechado na RMR. Nos últimos anos, a unidade foi palco de diversos motins e ocorrências.

Além disso, os moradores da Ilha de Itamaracá, uma área litorânea, vinham solicitando o fechamento da unidade. Os detentos foram transferidos para três penitenciárias do Complexo Prisional do Curado, no Recife, e para a Penitenciária de Itaquitinga, no interior de Pernambuco.

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