Mulher finge ser enfermeira para furtar dinheiro de pacientes; veja esquema

A Polícia Civil de Canoas, cidade localizada na Região Metropolitana do Rio Grande do Sul, descobriu um esquema criminoso de estelionato em um hospital que pode estar ligado ao crime organizado. Uma mulher que se fingia de auxiliar de enfermagem furtou cerca de R$60 mil de uma vítima.

A vítima denunciou o caso e a polícia iniciou uma operação, chamada de Dupla Face, em agosto de 2024. A mulher que teria realizado o furto foi presa em flagrante no mesmo mês.

Durante as investigações, foram descobertos diversos documentos falsificados na casa da falsa enfermeira e um deles era um atestado de óbito de um dos criminosos mais perigosos do Rio Grande do Sul. O homem é Maicon Donizete Pires dos Santos, conhecido como “Red Nose”, que tem antecedentes por tráfico, associação ao tráfico, organização criminosa e homicídio.

O principal suspeito de receber boa parte do dinheiro do golpe foi preso na última quinta feira (10) por atuar em esquema de agiotagem.

Entenda o esquema

O golpe foi realizado quando uma vítima, que tinha a mãe internada no hospital e se apresentava em situação de vulnerabilidade, foi abordada pela suposta profissional da saúde. Com o passar dos dias, uma relação de confiança entre elas foi criada e a “auxiliar” perguntou se a vítima havia recebido auxílio do governo e insinuou que poderia ajudá-la a receber.

A vítima confiou na mulher e entregou o cartão bancário a ela. A criminosa retirou todos os fundos da conta poupança da vítima e, ao utilizar informações pessoais, aumentou o limite de crédito e pegou um empréstimo de cerca de R$ 60 mil. O valor foi desviado para contas controladas pela criminosa, o que causou prejuízos financeiros e emocionais à vítima.

A pessoa furtada denunciou o caso e a polícia iniciou uma investigação. Foram coletadas evidências e em agosto de 2024 foram realizadas buscas nos endereços dos suspeitos.

Investigações

Na casa da suposta enfermeira, a principal suspeita, foram encontrados receituários médicos, carimbos de profissionais de saúde e documentos que a faziam passar por funções de direção em hospitais.

Porém, o que mais chamou atenção da equipe policial foi a descoberta de uma ficha de investigação de óbito, que havia sido fraudada. O documento, carimbado e assinado por um médico do hospital, descrevia a causa da morte como “falência múltipla de órgãos” e mencionava um paciente que havia sido encaminhado da penitenciária com um histórico criminal extenso, que incluía homicídios e tráfico de drogas.

A ficha de óbito era de um indivíduo conhecido como líder de uma organização criminosa do Rio Grande do Sul, de histórico criminal com doze homicídios. Na ficha, foi visto que a data da morte do criminoso coincidia com a do alvará de soltura, o que levantou suspeitas sobre a veracidade do documento e as circunstâncias da morte.

Quando procurada, a médica que atestou o óbito, afirmou que a assinatura era falsa e que nunca trabalhou no hospital mencionado no documento.

Próximos Passos

A equipe da 3ª DP deflagrou, nesta segunda-feira (14) a segunda fase da Operação Dupla Face com o cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas Cidade de Alvorada, Porto Alegre e Arroio dos Ratos.

A Polícia informa que os mandados foram feitos para que possam ser descobertas mais provas sobre os crimes cometidos pelos responsáveis do esquema. Segundo a corporação, o grupo, além de fraudes financeiras, parece ter ligações com atividades ligadas ao crime organizado.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Mulher finge ser enfermeira para furtar dinheiro de pacientes; veja esquema no site CNN Brasil.

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