
Segundo a polícia, homem cobrava R$ 250 por pessoa para os exames admissionais de vagas de emprego em diversas áreas de atuação no município de Oiapoque. Promessa era de salários de mais de R$ 4 mil. Homem cobrava R$ 250 para exame admissional com promessa de emprego em Oiapoque
Um homem identificado como Pablo Henrique, de Minas Gerais (MG), é suspeito de se passar por funcionário da Petrobras, oferecendo vagas de emprego em nome da falsa empresa ‘NPE’ em diversas áreas de atuação no município de Oiapoque, com salários que chegavam a mais de R$ 4 mil.
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Segundo a Polícia Civil do Amapá, mais de 150 pessoas se interessaram nas vagas de emprego e cerca de 100 realizaram a transferência de R$ 250, para um suposto exame admissional. Com os golpes, o suspeito teria faturado mais de R$ 20 mil reais.
Homem divulgava o golpe pelo WhatsApp
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Adonel Cardozo, que é motorista por aplicativo em Macapá, foi uma das 150 vítimas. Ele contou que o homem divulgava via aplicativo de mensagens, uma lista de vagas e seus respectivos salários. O golpista teria afirmado à Cardozo, que após a transferência, o valor seria ressarcido.
“Pessoal do Oiapoque, Calçoene, Amapá, Tartarugalzinho, Porto Grande foram convocados, que era pessoal que trabalhava numa barragem, que tava interessado a voltar a se empregar, mas no final das contas nós caímos num golpe”, disse.
Vítima transferiu R$ 250 para golpista
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Adonel teria se interessado na vaga de vigilante, qual já tinha experiência, com o ‘salário’ de R$ 3.100 e mais R$ 1.200 de vale alimentação.
O golpista teria prometido também um ônibus que levaria os interessados ao local em uma ‘caravana’ para a clínica onde seria o exame admissional na capital do Amapá.
‘Eu peguei um dinheiro emprestado com meu irmão, para fazer o cadastro para deixar a vaga reservada já para pagar a clínica […] sexta-feira era pra fazer esses exames. O pessoal do Oiapoque vinha de madrugada pra amanhecer sábado, eles disseram que tinham locado dois ônibus e era mentira […] a gente não achou esses ônibus”, contou.
Na véspera do dia da suposta viagem, Cardozo foi até à clínica onde faria o exame em Macapá, e descobriu com a gerente que nenhum dos nomes estavam listados para o suposto exame, se dando conta de que havia caído em um golpe.
Golpista segue foragido
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“Eu liguei pro pessoal de Oiapoque, dizendo: ‘Olha, nós caímos num golpe, pode ir lá registrar um b.o, que não vai ter ônibus, não vai ter nada’. Agora estamos aqui esperando que a Justiça resolva esse problema nosso […] eu, meu irmão e meu cunhado pagamos e muita gente pagou e se interessou. Foi depositado em pix no nome dele, do Pablo, que foi depositado todo esse dinheiro”, finalizou.
A Polícia Civil de Oiapoque tomou conhecimento do caso. O delegado Átila Rodrigues, informou que após registro do Boletim de Ocorrências (B.O), foi instaurado o inquérito policial e as medidas cautelares cabíveis serão encaminhadas ao poder Judiciário.
A Juliana Souza, que atuava como assistente do falso funcionário, também foi uma vítima. A mulher explicou que recebeu o convite de Pablo para trabalhar no recrutamento de algumas pessoas e recolher a documentação dos interessados, com a promessa de uma vaga de emprego garantida.
“Ele se aproveitou dessa situação pra tá dando golpe na gente. Mas Deus tarda, mas não falha, onde o Pablo tiver a gente vai encontrar”, disse.
Segundo as testemunhas, o suspeito chegou a passar por Oiapoque a trabalho e segue foragido até o momento. Ele chegou a se hospedar em um hotel em Macapá, mas não foi localizado.
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