Embaixadores latino-americanos discutem cidadania italiana

SÃO PAULO, 16 ABR (ANSA) – Embaixadores de países da América Latina na Itália se reuniram em Roma para discutir o decreto da premiê Giorgia Meloni que restringe a transmissão de cidadania por direito de sangue (jus sanguinis).   

A reunião foi realizada na sede da Câmara dos Deputados, com a presença dos parlamentares Fabio Porta e Franco Tirelli, ambos eleitos pela comunidade italiana na América do Sul. O embaixador do Brasil em Roma, Renato Mosca de Souza, foi um dos presentes.   

“Tratou-se de um encontro informal organizado a pedido dos diplomatas, interessados em entender melhor os conteúdos e os efeitos do decreto de cidadania aprovado em 27 de março pelo governo Meloni e seu impacto em uma comunidade de pelo menos 50 milhões de ítalo-descendentes no continente latino-americano”, disse Porta em uma nota.   

“Expressamos a preocupação de que a conversão do decreto em lei causará um dano de imagem, sérios inconvenientes e, acima de tudo, uma ruptura irreparável em nosso vínculo histórico com comunidades historicamente enraizadas nos países de residência”, acrescentou o deputado.   

O decreto impõe um limite geracional para a transmissão da cidadania “jus sanguinis”, determinando que apenas quem tem um dos pais ou um dos avós nascido na Itália poderá obter a dupla nacionalidade.   

Além disso, os “oriundi” também poderão requerer a cidadania se um de seus genitores for cidadão e tiver morado na Itália por pelo menos dois anos consecutivos antes do nascimento ou da adoção do filho.   

O texto já está em vigor, mas precisa ser aprovado pelo Parlamento até o fim de maio para se tornar definitivo. (ANSA).   

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