Desde que Boninho anunciou sua saída da Globo no ano passado e se uniu ao empresário Julio Cásares para lançar sua própria produtora, o mercado passou a especular sobre o próximo passo do ex-Big Boss. E os boatos se concretizaram: em março deste ano, o SBT oficializou a parceria com a nova produtora do marido de Ana Furtado para o desenvolvimento de conteúdos originais para sua grade. O primeiro projeto confirmado foi a versão brasileira do The Voice, com estreia prevista para o segundo semestre deste ano. Mas, a grande expectativa gira em torno de um novo reality show de confinamento — especialidade de Boninho, que dirigiu com maestria nada menos que 24 edições do Big Brother Brasil na Globo.
A CEO do SBT, Daniela Beyruti, fez um pedido direto: queria um reality inédito, instigante e que tivesse o DNA do canal. A ideia de retomar Casa dos Artistas até chegou a ser cogitada, mas não representaria a renovação desejada. Foi então que Boninho surgiu com um nome que une homenagem e estratégia: Casa do Patrão — um aceno respeitoso a Silvio Santos e, ao mesmo tempo, uma proposta com identidade própria. O nome já foi registrado no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), garantindo exclusividade ao diretor.
Mas foi justamente no INPI que começou uma outra história, protagonizada por Silvia Abravanel. Em dezembro do ano passado, a filha de Silvio Santos registrou um nome de programa que chamou atenção: Casa dos Vilões. A decisão gerou burburinho nos bastidores, já que o formato bastante conhecido no exterior já vinha sendo muito especulado pela imprensa brasileira como uma das possíveis apostas de Boninho em sua chegada à emissora paulista.
No fim de março, durante sua participação no programa Selfie Service, Silvia se explicou dizendo que a ideia do ‘Casa dos Vilões’ surgiu de uma sugestão do seu noivo, Gustavo Moura, durante uma conversa com Daniela Beyruti em um encontro de família no Guarujá.
“Antes que alguém tivesse a esperteza de registrar, eu registrei”, contou ela assegurando que foi uma maneira de evitar que eles pudessem perder o direito de usar o título. “Vai ficar em casa. Já tá comigo, é só passar para o SBT”, completou. Mas, segundo fontes ouvidas pela coluna, o gesto acabou virando motivo de piada nos corredores — afinal, de que adianta ter o nome se o formato em si já tem dono?
O reality House of Villains é originalmente exibido pelo canal norte-americano E! Entertainment e pertence à NBCUniversal. O programa reúne figuras polêmicas que participaram de outros realities para disputar o título de “maior vilão da televisão”. E a produção brasileira desse formato já tem dono: A Floresta, uma das principais produtoras do país — responsável por projetos com Globo, Record, Band, Netflix, Amazon e Max. A empresa comandada pela competente Dida Silva adquiriu os direitos para o território nacional.
Na prática, isso significa que Silvia Abravanel detém apenas o título no INPI, mas não os direitos sobre o conteúdo do programa. Com isso, a única consequência da atitude da apresentadora do Bom Dia & Cia é que, caso haja interesse da Floresta em usar o nome ‘Casa dos Vilões’, será necessário negociar com ela a liberação. Do contrário, adaptações em português baseadas no título original seguem liberadas.
Toda essa movimentação acendeu um alerta no mercado: com a Floresta em posse do formato, cresce a curiosidade sobre qual emissora irá, de fato, lançar o reality no Brasil. A disputa promete ser acirrada, especialmente entre Globo e Record — duas emissoras experientes em realities e parceiras da Floresta.
Segundo uma fonte da Globo, a insatisfação do canal carioca com os resultados do BBB25 contribui para aumentar o interesse da emissora em renovar seu catálogo com um novo reality que demonstra forte potencial de agradar o público brasileiro. A boa relação entre Globo e Floresta — que já rende parcerias como o game show Quem Quer Ser Um Milionário do Domingão com Huck e até em realities como Túnel do Amor e Se Sobreviver, Case! no Multishow — também pode pesar nessa escolha.
Já a Record, que também tem histórico de parceria com a Floresta na produção de A Fazenda, Power Couple e Top Chef Brasil, não descarta a possibilidade. O canal da Barra Funda e o seu diretor de realities, Rodrigo Carelli, já possuem uma grande expertise em realities com celebridades.
Em conversas que também envolvem negociações de outros formatos, Globo e Record já teriam, inclusive, sinalizado que o custo total para colocar no ar acaba sendo sempre um fator decisivo.
Enquanto isso, Boninho segue criando. Com o Casa do Patrão, já podemos notar que o talentoso diretor busca unir força popular e inovação em um formato original e inédito. O desafio agora é transformar esse nome forte em um produto televisivo que converse com o público atual e que tenha a essência do SBT.
No fim das contas, a disputa não é apenas por um título ou um formato. É também um reflexo da nova fase da TV brasileira, onde criatividade, estratégia de negócios e memória afetiva andam de mãos dadas. Até porque, entre registros no INPI, homenagens e vilões de realities, o verdadeiro protagonista continua sendo o público — que, como sempre, terá a palavra final sobre o que vale (ou não) acompanhar. É interessante ver toda essa movimentação criativa. A nossa TV aberta — e quem a acompanha — agradece.
Em todos os cantos da Globo
Bella Campos não vai sair da tela da Globo tão cedo. Além de viver Maria de Fátima no remake de Vale Tudo, a atriz fará uma verdadeira maratona por programas da emissora, como Encontro, Caldeirão e É de Casa. Segundo a Folha de S.Paulo, a estratégia é fortalecer a imagem da atriz diante das críticas sobre sua atuação e de rumores de desentendimento com Cauã Reymond nos bastidores. Internamente, a Globo acredita que há um movimento coordenado para atacar Bella nas redes sociais.
George Clooney bate recorde
O galã George Clooney acaba de quebrar seu próprio recorde na Broadway com a peça Boa Noite e Boa Sorte, adaptação do filme homônimo de 2005. Em cartaz no teatro Winter Garden até 8 de junho, o espetáculo arrecadou mais de R$ 21 milhões em apenas uma semana.
R$ 4,8 mil por um ingresso?
Segundo o Deadline, o valor médio de um ingresso para ver Clooney é de R$ 1,7 mil, podendo chegar a R$ 4,8 mil nas poltronas “premium”. A trama se passa nos anos 1950 e gira em torno do embate entre o jornalista Edward R. Morrow e o senador Joseph McCarthy.
Temporada de estrelas
Outras estrelas também estão brilhando no Circuito teatral de Nova Yorky: Denzel Washington e Jake Gyllenhaal são os protagonistas da nova montagem de Otelo.
Prada mergulha no design em movimento
Na estação central de Milão, a grife Prada realizou a 4ª edição do simpósio Prada Frames com o tema In Transit, focado em mobilidade e infraestruturas. O evento integra a semana de design de Milão e foi curado pelo estúdio Formafantasma, propondo diálogos sobre IA, fronteiras, justiça climática e até viagens espaciais.
Met Gala 2025 vai exaltar o estilo negro na alfaiataria
Organizado e presidido por Anna Wintour desde 1995, o Met Gala tornou-se uma importante celebração anual da moda. Uma arrecadação de fundos para o Costume Institute do Metropolitan Museum of Art. O tema da próxima edição do Met Gala será Superfine: Tailoring Black Style. A mostra estará em cartaz no Metropolitan Museum of Art entre 10 de maio e 26 de outubro, logo após o evento de gala marcado para 5 de maio.
Astros no comando
Pharrell Williams, Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky e Anna Wintour serão os coanfitriões do Met Gala 2025. LeBron James também participará como coanfitrião honorário da noite que celebra a moda preta e a alfaiataria de alto nível.
O que acontece no Met Gala?
Sendo bem direto: é um segredo. Por este motivo, os convidados devem respeitar a política de proibição de telefone (e, portanto, de não utilização de redes sociais). No entanto, em 2017, as regras foram quebradas por um grupo de celebridades fumando e tirando selfies no banheiro. O evento geralmente envolve uma performance de um artista de alto nível e os convidados sempre exploram a exposição antes de se sentarem juntos para jantar.
Até amanhã.