Parlamento da Itália realiza sessão em homenagem a Francisco

ROMA, 23 ABR (ANSA) – O papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira (21), foi homenageado nesta quarta (23) pelo governo italiano e pela oposição durante uma sessão do Parlamento.   

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, disse que sempre será grata pelo tempo que passou junto do pontífice e destacou que o último conselho recebido de Jorge Bergoglio foi que “nunca perdesse o senso de humor”.   

“Francisco sabia ser determinado, mas quando você falava com ele não havia barreiras. Você ficava à vontade, podia falar sobre tudo e contar sua história sem filtros e sem medo de ser julgado. Ele te fazia sentir precioso porque você era único e irrepetível”, afirmou a chefe de governo no Palazzo Montecitorio, em Roma.   

“O Papa disse uma vez aos peregrinos: ‘É triste ver um padre, um religioso ou um monarca amargurado’. Creio que o significado era que não se pode liderar os outros se não sabe transmitir alegria pelo que faz. E Francisco sabia transmitir alegria e paixão pela sua missão”, acrescentou.   

Meloni também mencionou que o religioso “cumpriu sua missão até o último dia” e que “entrou no coração do povo”. Além disso, a chefe de governo italiana recordou que Francisco “não parou de clamar pela paz”.   

A líder do Partido Democrático (PD), Elly Schlein, afirmou em seu discurso que Bergoglio “não merece a hipocrisia daqueles que nunca ouviram suas palavras em vida”. O comentário da opositora foi recebido com frieza pela centro-direita.   

“A morte do Papa nos priva de uma voz significativa que soube questionar crentes e não crentes, merece nossas condolências; o que ele não merece é a hipocrisia daqueles que nunca ouviram seus apelos e hoje tentam enterrar sua poderosa mensagem na retórica, daqueles que deportam migrantes, tiram dinheiro dos pobres, negam a emergência climática e negam cuidados a quem não pode pagar”, declarou a secretária do PD.   

Giuseppe Conte, líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), mencionou que a melhor maneira de lembrar Francisco “é não deixar que seus ensinamentos caiam no vazio”. (ANSA).   

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