NOVA DELHI, 24 ABR (ANSA) – Os ânimos entre a Índia e o Paquistão se acirraram após o ataque terrorista na Caxemira, região que abrange parte dos dois países, no último dia 22 contra um grupo de turistas. Nesta quinta-feira (24), enquanto Nova Délhi ordenou que todos os paquistaneses deixem seu território, o vizinho declarou diplomatas indianos “personae non gratae”, além de cancelar o visto a cidadãos da nação e ameaçar seu governo.
De acordo com a decisão de Nova Délhi, os paquistaneses devem deixar a Índia até o próximo 29 de abril, informou o Ministério das Relações Exteriores, cuja medida não afeta diplomatas de Islamabad em exercício no país.
O ataque terrorista ocorrido na cidade de Pahalgam, lado indiano da Caxemira, na fronteira com o Paquistão, foi reivindicado pela Frente de Resistência (TRF), apontada pela Índia como sendo uma ramificação da milícia islâmica paquistanesa Lashkar-e-Taiba.
Além de declarar como “personae non gratae” os conselheiros indianos da Defesa, Marinha e Aeronáutica e de cancelar os vistos de cidadãos da Índia no Paquistão, Islamabad também afirmou que irá considerar qualquer tentativa indiana de interromper o fornecimento de água do Rio Indo como um “ato de guerra”.
“Qualquer tentativa de interromper ou desviar o fluxo de água pertencente ao Paquistão, sob o Tratado das Águas do Indo, será considerado um ato de guerra e será respondido com força máxima por todo o espectro de nossas forças nacionais”, ameaçou o escritório do primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, que ordenou ainda o fechamento das fronteiras com a Índia. (ANSA).