A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirma não ver alternativa viável capaz de substituir a proposta de compensação apresentada pelo governo no projeto de isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
Em entrevista à CNN, a ministra afirmou que a busca de outras opções no Congresso Nacional precisa observar o quadro de injustiças tarifárias que já penalizam os mais pobres, sob o risco de elevá-las.
Conforme o projeto do governo, a compensação da perda de arrecadação projetada em R$ 35 bilhões será feita com uma maior taxação dos contribuintes com rendas mais altas.
“Meio mais justo para beneficiar milhões de brasileiros é ‘à custa’ de bilionários que teriam uma taxação de no máximo 10% sobre seus lucros”, disse Tebet.
Durante evento em Brasília nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também defendeu a manutenção da proposta do governo para a compensação por ser “a mais justa”.
Parte de lideranças políticas defendem a necessidade de outras fontes de recomposição para reduzir os impactos aos mais ricos. O PP, por exemplo, propõe aumento da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 5% para instituições financeiras que apresentem lucro líquido acima de R$ 1 bilhão.
“Se o Congresso entender que não é dessa forma (proposta pelo governo), que vai entrar pelo lado (de cortes) de gastos tributários,é o direito do Congresso fazê-lo. Só não consigo visualizar como uma alternativa fácil”, afirmou Simone Tebet.