
A Organização Mundial do Comércio (OMC) aceitou, nesta sexta-feira (25), examinar uma demanda apresentada pelo governo chinês contra a decisão da União Europeia de impor tarifas aos carros elétricos fabricados na China. O bloco econômico anunciou taxações alfandegárias adicionais provisórias de até 35% depois que uma investigação da UE concluiu que a ajuda e os subsídios estatais chineses afetaram os concorrentes europeus.
Quando a China levou o caso à OMC no final do ano passado, indicou que “não aprovava nem aceitava” tais tarifas. “A China tomará todas as medidas necessárias para proteger firmemente os direitos legítimos e interesses das companhias chinesas”, declarou então um porta-voz do Ministério de Comércio chinês.
O representante de Pequim afirmou, em uma reunião a portas fechadas do Órgão de Solução de Controvérsias da OMC, nesta sexta-feira, que seu país considera que as medidas da UE não são compatíveis com as regras do comércio internacional, segundo um funcionário desta organização com sede em Genebra.

Também indicou que Pequim permanece aberta ao diálogo e para encontrar uma solução. A UE se manteve firme em sua posição e garantiu que as medidas estão totalmente justificadas, segundo a mesma fonte. A disputa ocorre no momento em que a China busca cooperar com os países da UE e outras nações para defender o comércio internacional em meio à guerra tarifária lançada pelos Estados Unidos. Enquanto o resto do mundo foi afetado por tarifas de 10%, impostas pelo governo de Donald Trump, a China enfrenta tarifas alfandegárias de até 145% sobre muitos produtos.
*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira