
A cantora Nana Caymmi morreu nesta quinta-feira (1º), aos 84 anos, em decorrência de complicações cardíacas. Ela estava internada há nove meses na Clínica São José, no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada no início da noite por seu irmão, o músico e compositor Danilo Caymmi. Em 2024, Nana enfrentou sérios problemas cardíacos, que levaram à implantação de um marcapasso para tratar uma arritmia. Anos antes, em 2015, ela também lutou contra um câncer de estômago.
Ao longo da carreira, Nana Caymmi eternizou clássicos com sua voz inconfundível, interpretando composições de grandes nomes da música brasileira como Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Milton Nascimento e Roberto Carlos, sempre imprimindo uma identidade artística singular a cada canção.
Seu repertório também trouxe releituras marcantes de obras do pai, Dorival Caymmi, como “O Que É Que a Baiana Tem” e “Saudade da Bahia”. Em 2004, Nana e os irmãos Dori e Danilo foram homenageados com o título de cidadãos baianos, um reconhecimento que a emocionou profundamente.
A presença de Nana também foi marcante nas trilhas sonoras de novelas e minisséries da TV Globo, além de participações especiais como atriz. Embora tenha anunciado a aposentadoria algumas vezes, a artista retornou aos palcos para homenagear o centenário do pai em apresentações ao lado dos irmãos.
Filha do renomado compositor baiano Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, Nana nasceu no Rio de Janeiro com o nome Dinahir Tostes Caymmi, em homenagem a uma tia paterna. Incentivada pelos pais, começou a estudar piano clássico ainda na infância.
Sua primeira gravação foi em 1960, ao lado do pai, com a canção de ninar “Acalanto”, feita especialmente para ela. No mesmo ano, lançou um compacto com as músicas “Adeus” e “Nossos Beijos”. Apesar do início promissor na música, Nana decidiu deixar o Brasil para se casar com o médico venezuelano Gilberto José Aponte Paoli, com quem teve três filhos: Stella, Denise e João Gilberto.
*Reportagem produzida com auxílio de IA