Às vésperas de conclave, cardeais dizem que ‘não há polarização’

VATICANO, 2 MAI (ANSA) – Enquanto aguardam o conclave para escolher o sucessor do papa Francisco, morto em 21 de abril, diversos cardeais alegam que o clima entre eles é bom e não há polarizações nas Congregações Gerais, onde os religiosos discutem o futuro da Igreja Católica, apesar de haver “tensão”.   

Desde o início das congregações gerais, nas quais os cardeais discutem as candidaturas e temas centrados na visão do futuro da Igreja e do mundo, como a necessidade da evangelização, a responsabilidade da instituição em relação à paz, o relativismo, a solidão, além da situação econômica e financeira do Vaticano, entre outros.   

“Não há polarização nas congregações gerais, mas há tensão”, afirmou o cardeal Enrique Jiménez Carvajal, um arcebispo colombiano que tem mais de 80 anos e, portanto, não é eleitor, ao deixar a reunião pré-conclave desta sexta-feira (2).   

Para o patriarca latino de Jerusalém, italiano Pierbattista Pizzaballa, o clima entre os cardeais durante os encontros “está sempre bom”.   

Segundo o cardeal Gregorio Rosa Chavez, de 82 anos, que também não é eleitor, os religiosos entrarão na Capela Sistina, onde ocorre a votação, com “ideias claras”. “Nestes dias é preciso ouvir Deus”, acrescenta.   

Falando sobre o debate em andamento entre os cardeais, o cardeal italiano Fernando Filoni diz que “muitos aspectos” surgiram e que “uma responsabilidade comum” é sentida.   

Questionado se seria possível chegar a um acordo sobre um nome em princípio antes do início do conclave, o cardeal respondeu: “Faremos como sempre fizemos”.   

Por fim, Filoni enfatizou que o novo “papa deve zelar pela unidade de toda a Igreja”.   

As congregações dos cardeais foram retomadas nesta sexta-feira (2), após um dia de pausa por ocasião do feriado de “São José Operário”. Amanhã (3) também haverá um encontro entre os religiosos, seguido de uma nova paralisação no domingo (4).   

O conclave que elegerá o próximo líder da Igreja Católica começará no dia 7 de maio, na Capela Sistina, onde 133 cardeais vão depositar seu voto. A expectativa é de que um forte esquema de segurança seja adotado nos arredores, semelhante ao do funeral de Jorge Bergoglio. (ANSA).   

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