Jovem dá à luz trigêmeas após gravidez rara em RO: ‘Tudo deu certo’


Gestação univitelina de risco surpreendeu a família em Jaru. Maria, Mariáh e Mariana nasceram saudáveis e seguem sob cuidados médicos em Porto Velho. Jovem dá à luz trigêmeas idênticas em RO;
Reprodução/acervo pessoal
O coração de Amanda Medeiros, de 24 anos, bate agora em três ritmos diferentes. Mãe de trigêmeas, ela deu à luz Maria, Mariáh e Mariana na tarde desta quarta-feira (30), no Hospital de Base de Porto Velho (RO), onde aguardava com ansiedade a chegada das filhas após uma gravidez de risco.
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Ao g1, Amanda contou que o parto ocorreu de forma tranquila e foi acompanhado de perto pelo esposo, que esteve presente o tempo todo, oferecendo apoio e carinho. Mariana nasceu primeiro, seguida por Mariáh e, por fim, Maria, todas parecidas.
“Graças a Deus tudo deu certo! Pois foi o que eu mais pedi a Deus”, revela Amanda.
As trigêmeas estão internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sob observação da equipe médica. A expectativa é que em breve sejam transferidas para o berçário e, depois, liberadas para retornar a Jaru, onde as irmãs mais velhas aguardam com ansiedade.
Uma mãe fortalecida
Jovem dá à luz trigêmeas idênticas em RO
Reprodução/acervo pessoal
Nas redes sociais, Amanda compartilhou uma carta aberta às filhas, destacando como a maternidade a tornou mais forte e determinada. Ela relatou o apoio da família, especialmente do pai das bebês, e descreveu com carinho as personalidades das pequenas: Maria, a arteira; Mariáh, a meiga; e Mariana, a delicada.
“Maria… ah, Maria! Como eu sempre disse, a menor ia ser a Maria: a mais arteira, que não para quieta. Mariáh é um doce, toda meiga com a mamãe. E Mariana, tão delicada e quietinha, com aquelas bochechas gordinhas.”, diz trecho da carta.
Entenda o caso
Amanda descobre gestação rara de trigêmeas em RO
Reprodução/Redes sociais
Amanda, moradora de Jaru (RO), descobriu a rara gestação de trigêmeas idênticas durante um exame de pré-natal em outubro de 2024. O caso surpreendeu a família e a equipe médica por se tratar de trigêmeos univitelinos — quando os bebês compartilham a mesma placenta — uma condição extremamente rara, com chances estimadas em 1 a cada 200 milhões de gestações.
Após suspeita de gravidez, Amanda procurou o hospital para fazer exames e confirmar a gestação. Mesmo com o resultado positivo, ela ainda ficou apreensiva, pois, meses antes, havia sofrido um aborto espontâneo. A primeira consulta foi realizada em 22 de outubro de 2024, mas somente 20 dias depois, ao fazer a primeira ultrassonografia, a jovem descobriu que esperava trigêmeas.
Ela conta que pediu para o marido não acompanhá-la no exame por medo do que poderia encontrar. Durante a ultrassonografia, o médico reagiu com surpresa, e a jovem se assustou, temendo que algo estivesse errado.
“Eu estava com medo de chegar lá e não ter o coração batendo […] Aí veio a surpresa. Os doutores ficaram assim: ‘Você viu? Você viu?’. Aí eu perguntei: ‘O que foi?’ Até achei que era algo sério. Então o médico falou: ‘Olha isso aqui, tem três coraçãozinhos batendo dentro de você’”, relembra a gestante.
Após receber a notícia, Amanda ficou emocionada ao descobrir que teriam trigêmeos. Ao contar para o marido, ele ficou em choque e, inicialmente, pensou que ela já havia relatado o sexo dos bebês, o que só foi confirmado em uma consulta posterior. Durante o acompanhamento médico, foi revelado que as três meninas eram idênticas, pois compartilhavam a mesma placenta.
Gravidez de risco
Segundo o médico obstetra Rodrigo Carrapeiro, gestações como a dela apresentam maior chance de complicações, como a perda de um ou mais bebês e a possibilidade de um parto prematuro. Por isso, é essencial um acompanhamento médico rigoroso e maior tempo de repouso em comparação a uma gestação convencional.
O especialista também destaca que a gravidez natural de trigêmeos é incomum, já que a maioria dos casos ocorre após procedimentos de reprodução assistida.
“É totalmente raro engravidar de trigêmeos espontaneamente. Isso costuma acontecer mais em fertilizações, quando são implantados três embriões e todos se desenvolvem. Existe também uma possibilidade remota de serem colocados dois embriões e um deles se dividir, formando um terceiro, o que torna a gestação ainda mais delicada”, explica Rodrigo.
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