A demissão de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, em meio a investigações sobre fraudes no INSS, provocou descontentamento entre os membros do PDT e reacendeu o debate sobre a relação do partido com o governo de Lula. Ciro Gomes, figura proeminente do PDT, não hesitou em criticar a decisão, chamando-a de “indignidade inexplicável”. Mário Heringer, líder da sigla na Câmara dos Deputados, disse que o Palácio do Planalto “maltratou” o ex-ministro. A situação é ainda mais delicada, pois o partido enfrenta desafios eleitorais significativos para 2026. Lupi já havia defendido a candidatura de Ciro para a próxima disputa presidencial.
A saída de Lupi gerou desconforto na bancada do PDT, que tem apoiado o governo na Câmara dos Deputados. O deputado André Figueiredo, em resposta à situação, afirmou que não há um rompimento formal, mas que a relação com o governo será reavaliada. Ciro Gomes, que sempre teve uma relação próxima com Lupi, manifestou sua insatisfação nas redes sociais, evidenciando a tensão interna no partido.
O novo ministro da Previdência, Wolney Queiroz, já havia desagradado Ciro em 2022 ao não apoiar sua candidatura. Embora a postura oposicionista de Ciro seja uma minoria dentro do PDT, ele continua a buscar formas de influenciar a direção do partido. O PDT, que viu sua representação diminuir nas últimas eleições, enfrenta o risco de não conseguir superar a cláusula de barreira nas próximas eleições.

Carlos Lupi, por sua vez, está em busca de novas alianças políticas, mirando partidos como PSB e Cidadania para a formação de uma nova federação. No entanto, essa tarefa se torna mais complicada após a saída de Cid Gomes, irmão de Ciro, em direção ao PSB, levando consigo prefeitos e deputados que compunham a base do partido.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA