Lula enfatiza posição do Brasil de atuar pela paz entre Rússia e Ucrânia

Na última sexta-feira (9) presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se defendeu das críticas recebidas por sua participação em um evento na Rússia, enfatizando a soberania do Brasil e seu compromisso com a paz mundial. Durante a celebração dos 80 anos do que a Rússia denomina como Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial, Lula justificou sua presença em Moscou, afirmando que o Brasil é um país soberano e independente em suas decisões diplomáticas. O evento foi marcado pela presença de poucas autoridades internacionais, entre elas líderes polêmicos como Nicolás Maduro, da Venezuela, e Alexander Lukashenko, de Belarus.

Lula destacou que sua visita à Rússia tinha como principal objetivo defender o multilateralismo e discutir a complexa situação da guerra na Ucrânia. Ele deixou claro que o Brasil se opõe firmemente à ocupação territorial de outros países e expressou a disposição do país em contribuir para as negociações de paz. O presidente brasileiro sublinhou a importância da paz para todas as nações envolvidas no conflito, incluindo Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia, argumentando que a paz poderia evitar gastos desnecessários com armamentos e promover a estabilidade global.

“Esse é um país que, de todos os que participaram com os Aliados, foi o que mais perdeu gente. Perdeu praticamente 26 milhões de pessoas. Chegou num momento em que a população, a juventude, praticamente estava dizimada pela Segunda Guerra Mundial. Eu vim ver porque é uma festa importante. Precisamos ter consciência de que a gente não pode nunca mais permitir, sabe, que coisas como o nazismo voltem a acontecer no planeta Terra”, declarou Lula.

“Fiz questão de vir aqui para dizer que o Brasil está defendendo o fortalecimento do multilateralismo. Não é possível que a gente não tenha aprendido uma lição com a importância do que foi o multilateralismo depois da Segunda Guerra. Ele humanizou o comércio entre os países. Querer voltar à teoria do protecionismo não interessa a ninguém, a não ser quem propôs a ideia, porque o que nós queremos é um comércio mais flexível, justo, em que a gente possa, inclusive, fazer políticas de favorecimento dos países mais pobres”, argumentou Lula.

Em sua declaração, Lula reafirmou a soberania do Brasil, rejeitando categoricamente a ideia de que o país seja o “quintal” de qualquer outra nação, especialmente dos Estados Unidos. Ele enfatizou que o Brasil deseja ser tratado com respeito e em igualdade de condições nas relações internacionais, buscando sempre o diálogo e a cooperação mútua. Essa postura reflete a intenção do governo brasileiro de se posicionar de forma independente no cenário global, sem se submeter a pressões externas.

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Após sua visita à Rússia, o presidente Lula tem compromissos agendados na China, onde se encontrará com o presidente Xi Jinping para uma reunião bilateral. Essa viagem à China reforça a estratégia do Brasil de fortalecer laços com diferentes potências mundiais, buscando parcerias que possam beneficiar o desenvolvimento econômico e social do país. A agenda internacional de Lula demonstra um esforço contínuo para posicionar o Brasil como um ator relevante e respeitado no cenário global, promovendo a paz e a cooperação entre as nações.

*Com informações de André Anelli 

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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