ROMA, 12 MAI (ANSA) – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta segunda-feira (12) que convidou o papa Leão XIV para visitar seu país, em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022, durante seu primeiro telefonema com o novo líder da Igreja Católica. “Falei com o papa Leão XIV. Esta foi a nossa primeira conversa, mas já foi muito calorosa e verdadeiramente significativa”, relatou o líder ucraniano em uma publicação no Telegram.
Zelensky explicou ainda que convidou “Sua Santidade para uma visita apostólica à Ucrânia, uma visita que traria verdadeira esperança a todos os fiéis, a todo o nosso povo” e agradeceu o apoio ao país e a todo o seu povo.
No comunicado, o chefe de Estado reforçou que aprecia “profundamente as palavras” do Leão XIV sobre “a necessidade de alcançar uma paz justa e duradoura” para o território ucraniano e de libertar os prisioneiros.
Durante a ligação, os líderes também discutiram sobre as milhares de crianças ucranianas deportadas da Rússia, e Zelensky disse que conta com a ajuda do Vaticano para devolvê-las às suas famílias.
Além disso, o presidente ucraniano informou o Sumo Pontífice “sobre o acordo” com seus parceiros europeus, segundo o qual um cessar-fogo completo e incondicional por pelo menos 30 dias deve começar hoje”.
Por fim, confirmou a sua ” prontidão para novas negociações em qualquer formato, incluindo diretas”, com o governo de Vladimir Putin, como já enfatizou repetidamente.
“A Ucrânia quer acabar com esta guerra e está fazendo todo o possível para isso. Esperamos que a Rússia tome as medidas apropriadas. Concordamos em manter contato e organizar um encontro pessoal em um futuro próximo”, concluiu o presidente ucraniano.
No último fim de semana, Putin propôs retomar conversas diretas com a Ucrânia para encerrar o conflito que já se estende há mais de 3 anos, em um encontro que pode ocorrer na Turquia, na próxima quinta-feira (15). A oferta foi feita após líderes europeus – o presidente francês, Emmanuel Macron, o novo chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, e o premiê do Reino Unido, Kier Starmer – ameaçarem impor novas sanções contra a Rússia. (ANSA).