O papa Leão XIV utilizou modelos da Volkswagen em seus primeiros deslocamentos após assumir o trono de Pedro. Na última quinta, o cardeal americano Robert Prevost foi eleito no conclave de 2025 e aparenta dar continuidade a uma política ambiental de renovação da frota. O papa foi visto inclusive com a “bisneta da Kombi”!
Logo após sua eleição, Leão XIV foi visto circulando pelos arredores do Vaticano a bordo de um Volkswagen Tiguan. O carro do Papa tem as tradicionais placas SCV-1 e é da versão Elegance. Embora o modelo não esteja disponível no Brasil na geração mais recente, na Europa ele é oferecido em versões a combustão, diesel, híbrida e híbrida plug-in.
Apesar de não ser possível cravar qual motorização, deve mesmo se tratar de uma das configurações híbridas plug-in, considerando a política ambiental vigente no Vaticano. O Tiguan de Leão XIV é equipado com motor 1.5 TSI e propulsor elétrico, oferece potência combinada de 204 cv e autonomia elétrica de até 124 quilômetros, conforme o ciclo WLTP.
No sábado seguinte à eleição, Leão XIV realizou sua primeira viagem oficial fora do Vaticano. O destino foi Genazzano, pequena cidade a cerca de uma hora de Roma, onde visitou o Santuário de Nossa Senhora do Bom Conselho. Para o deslocamento, foi utilizada uma van Volkswagen Multivan, modelo não comercializado no Brasil, mas que carrega laços históricos com nosso país. Isso porque as duas primeiras gerações desse veículo — conhecidas como Kombi T1 e T2 — foram fabricadas e vendidas por décadas no mercado brasileiro.
A atual Multivan europeia, agora na sétima geração, também está disponível em variantes diesel, híbridas e híbridas plug-in. É provável que a configuração utilizada pelo Vaticano seja a PHEV, com motor 1.5 TSI combinado a um motor elétrico, tração integral e autonomia elétrica na faixa de 89 a 94 quilômetros. A adoção desses veículos eletrificados reforça a meta estabelecida pelo Vaticano de neutralizar as emissões de carbono da frota oficial até 2030.
Parceria Volkswagen e Vaticano
A parceria com a montadora alemã foi anunciada em novembro de 2023. Desde o papado de Francisco, o Vaticano vem desenvolvendo políticas ambientais alinhadas com as diretrizes da encíclica “Laudato Si’” e da exortação apostólica “Laudate Deum”. A estratégia inclui a substituição progressiva da frota convencional por modelos eletrificados, a instalação de infraestrutura de recarga dentro e fora do território vaticano e a obtenção de energia exclusivamente de fontes renováveis.
A colaboração prevê o fornecimento de veículos da linha ID., como os modelos ID.3, ID.4 e ID.5, e também de marcas associadas ao grupo, como Škoda. Esse projeto integra o programa “Ecological Conversion 2030”, que visa transformar a mobilidade da Cidade do Vaticano em um modelo de neutralidade de carbono.
Apesar do acordo de 2023, em seus últimos deslocamentos, Francisco utilizou um 500X, de outra parceria histórica do Vaticano, a italiana Fiat. Já o tradicional papamóvel é um Mercedes-Benz Classe G, 100% elétrico. O modelo deverá ser usado por Leão XIV durante viagens papais e para acenar aos fiéis na Basílica de São Pedro. Por falar no novo papa, há outra coincidência automobilística: o sobrenome Prevost é também uma marca de ônibus canadense.
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