Uma notícia triste pegou a todos de surpresa na tarde desta terça-feira, 13, após a equipe de Tati Machado, de 33 anos, comunicar que a apresentadora e jornalista da Globo perdeu seu primeiro filho, Rael, fruto da relação com o marido, o fotógrafo Bruno Monteiro. A criança estava prevista para nascer em junho.
Com 33 semanas de gestação, Tati Machado precisou dar entrada na maternidade na segunda-feira, 12, após perceber a ausência de movimentos em sua barriga
Por meio dos Stories do Instagram, a assessoria de Tati divulgou um comunicado informando a morte do bebê. Leia a íntegra abaixo:
“No último dia 12 de maio, a apresentadora e jornalista Tati Machado, com 33 semanas de gestação, deu entrada na maternidade após perceber a ausência dos movimentos de seu bebê. Até então, a gravidez transcorria de forma saudável e já se encontrava na reta final.
Infelizmente, foi constatada a parada dos batimentos cardíacos do bebê, por causas que ainda estão sendo investigadas. Diante da situação, Tati precisou passar pelo trabalho de parto, um processo cercado de amor, coragem e profunda dor.
Após o procedimento, ela se encontra estável e sob cuidados. Agradecemos imensamente o carinho e o respeito de todos. Pedimos que este momento tão delicado seja vivido com a privacidade que Tati, seu marido, Bruno, e toda a família precisam”.
Luto perinatal
A nossa reportagem conversou com o psicólogo Alexander Bez, que explicou o “luto perinatal”, que ocorre quando a mãe perde um bebê durante a gestação, no parto ou até nos primeiros dias de vida da criança.
“O luto perinatal é uma dor intensa e profunda que, muitas vezes, não é totalmente compreendida pela sociedade. Trata-se de uma perda única, pois envolve não apenas a morte de um ser amado, mas também a interrupção de um futuro sonhado, de planos e expectativas que os pais já haviam começado a construir”, afirma o profissional.
Segundo Alexander Bez, esse luto envolve sentimentos de culpa, vazio, desamparo e pode ser marcado pela dificuldade de encontrar uma rede de apoio adequada. “Muitas pessoas ao redor, mesmo com boas intenções, não sabem como reagir ou acabam minimizando essa dor, o que pode aumentar ainda mais o isolamento dos enlutados”, diz.
Para o psicólogo, é fundamental que os pais que passam por essa experiência entendam que o luto é um processo e que cada um terá seu próprio tempo para vivenciá-lo. “A aceitação dos próprios sentimentos e o acolhimento das dores são passos importantes para a superação. Em casos como o luto perinatal, o apoio psicológico é essencial para auxiliar nesse processo de reconexão com a vida e no desenvolvimento de uma nova forma de significado. Esse apoio não apenas oferece um espaço seguro para a expressão de todas as emoções, mas também trabalha na construção de uma narrativa que respeite a memória desse filho e permita que os pais encontrem caminhos para seguir em frente.”