O real brasileiro aparece como a moeda de melhor desempenho entre as principais divisas globais nesta terça-feira (13). Por volta das 13h45 (horário de Brasília), o dólar americano apresentava uma desvalorização de 1,33% frente à moeda nacional, sendo negociado a R$ 5,59. A informação é do terminal Refinitiv, que acompanha mais de 30 moedas.
Outras moedas de países emergentes também registraram ganhos, embora com menor intensidade. O peso mexicano valorizava-se, aproximadamente, 1,10%, e o peso chileno via sua cotação subir 0,80%. Com isso, as três moedas latino-americanas lideraram os ganhos no mercado de câmbio global durante a tarde.
A valorização do real nesta sessão reflete principalmente a reação do mercado à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O documento divulgado mais cedo indicou que a taxa básica de juros, a Selic, deverá permanecer em patamar elevado por um período prolongado.
Analistas interpretaram o texto como ligeiramente mais rígido (“hawkish”, no jargão do mercado financeiro) em comparação ao comunicado divulgado na semana anterior.
A manutenção de juros elevados por mais tempo torna o Brasil um destino mais atraente para investidores estrangeiros em busca de rentabilidade. Esse movimento aumenta o fluxo de dólares para o país, elevando a oferta da moeda americana no mercado doméstico e, consequentemente, pressionando sua cotação para baixo.
O mercado cambial também reagiu aos dados de inflação nos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de abril registrou alta de 0,2%, resultado inferior à expectativa do mercado, que era de 0,3%.
Uma inflação mais contida nos EUA pode sinalizar uma política monetária menos agressiva por parte do Federal Reserve, o que tende a enfraquecer o dólar globalmente.
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