A Rússia se recusou novamente nesta quarta-feira (14) a revelar os nomes dos integrantes da delegação que viajará à Turquia para as negociações diretas com a Ucrânia previstas para quinta-feira (15), depois que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky instou Vladimir Putin a comparecer à reunião.
“Nada mudou a esse respeito. Vamos anunciar quando recebermos as instruções do presidente Vladimir Putin”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao responder uma pergunta da AFP sobre a identidade dos representantes de Moscou.
“Até o momento, não recebemos nenhuma instrução”, acrescentou Peskov. O presidente ucraniano pediu a Putin que compareça às conversações para um encontro “presencial”.
O Kremlin optou por uma estratégia de silêncio, ao não apresentar nenhuma resposta direta às vésperas das conversações.
“A delegação russa vai aguardar a delegação ucraniana em Istambul na quinta-feira, 15 de maio, ou seja, amanhã”, repetiu Peskov aos jornalistas.
Zelensky deve, de todo modo, se encontrar em Ancara com seu homólogo turco Recep Tayyip Erdogan na quarta ou na quinta-feira.
O ucraniano fez um apelo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pressiona Rússia e Ucrânia pelo fim dos combates, a viajar à Turquia para incentivar o comparecimento de Putin.
No início da semana, Trump disse que estava “considerando” a possibilidade, mas desde então não confirmou sua presença.
O único nome confirmado do governo americano na reunião de Istambul é o do secretário de Estado, Marco Rubio.
Segundo uma fonte do governo dos Estados Unidos, Rubio deve chegar a Istambul na sexta-feira, o que aumenta a incerteza sobre a data das conversações.
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