Leão XIV volta a pedir pela paz em seu 1º evento do Jubileu

CIDADE DO VATICANO, 14 MAI (ANSA) – Em uma audiência que contou com a presença de cerca de cinco mil pessoas na Sala Paulo VI, no Vaticano, o papa Leão XIV discursou nesta quarta-feira (14) por ocasião do Jubileu das Igrejas Orientais e voltou a pedir o fim dos conflitos armados pelo mundo.   

O recém-eleito pontífice americano declarou que a Santa Sé “está à disposição para que os inimigos se encontrem e se olhem nos olhos”, com o objetivo de fazer com que os “povos redescubram a esperança e a dignidade que merecem”.   

“Os povos querem a paz, e eu, com o coração na mão, digo aos responsáveis pelas nações: vamos nos encontrar, conversar e negociar. A guerra nunca é inevitável, as armas podem e devem silenciar, pois não resolvem os problemas, mas os agravam. Quem semeia a paz entrará para a história, não quem colhe vítimas”, disse o religioso.   

Em seu primeiro encontro do Jubileu, Robert Francis Prevost também analisou que a paz de Cristo “não é o silêncio mortal após o conflito e o resultado da opressão, mas um dom que olha para as pessoas e reativa suas vidas”. “Rezemos por essa paz, que é reconciliação, perdão, coragem para virar a página e recomeçar”, comentou.   

Ainda em seu apelo pelo fim das guerras, Leão XIV garantiu que a Igreja Católica “não se cansará de pedir que as armas se calem” e dirigiu um agradecimento a Deus pelas pessoas que, apesar das dificuldades, “perseveram e resistem em suas terras”.   

“Aos cristãos deve ser dada a possibilidade, não apenas por palavras, mas de permanecer em suas terras com todos os direitos necessários para uma existência segura”, afirmou.   

Em outra parte do discurso no Vaticano, o religioso convidou as Igrejas Orientais a manterem seus próprios ritos, mesmo quando são forçadas, devido a guerras e perseguições, a deixar sua própria terra. Além disso, Leão XIV citou Francisco, seu antecessor, ao dizer que elas “devem ser amadas” pelos “tesouros inestimáveis”.   

“Que as vossas Igrejas sejam um exemplo, e que os pastores promovam a comunhão com retidão, especialmente nos Sínodos dos Bispos, para que sejam lugares de colegialidade e de autêntica corresponsabilidade. Que seja assegurada a transparência na gestão dos bens, que se dê testemunho de uma dedicação humilde e total ao povo santo de Deus, sem apego a honrarias, aos poderes do mundo e à própria imagem”, disse. (ANSA).   

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