Dois meses após o lançamento do crédito consignado do setor privado, os brasileiros usaram a ferramenta para pegar empréstimos quase duas milhões de vezes. Até às 17h da terça-feira (13), foram firmados 1.998.612 contratos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) cedidos à CNN.
Estes contratos totalizaram mais de R$ 11 bilhões. O valor médio dos empréstimos é de R$ 5.383,18, e o tempo médio para a quitação das obrigações, de 17 meses.
A ferramenta foi lançada em cerimônia no Palácio do Planalto no dia 12 de março, mas só passou a operar no dia 21 daquele mês — há 54 dias.
A partir do dia 25 de abril, os bancos começaram a receber “diretamente” os pedidos de empréstimos, sem intermediação do aplicativo da carteira de trabalho digital. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas utilizem a alternativa, resultando em R$ 120 bilhões em empréstimos contratados.
A ideia da ferramenta é de que o desconto em folha das parcelas do empréstimo somada à possibilidade de o trabalhador usar seu fundo de garantia e multa rescisória como garantias permitam aos bancos reduzir os juros. A projeção inicial é de que as taxas fiquem entre 2,5% e 3% ao mês, contra 6% de média atual.
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