Bia Kicis, Girão e Eduardo Bolsonaro defendem Zambelli nas redes após condenação

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou por unanimidade a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta quarta-feira, 14, a dez anos de prisão por uma invasão ao sistema eletrônico do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ocorrida em 2023. Nas redes sociais, figuras da direita como Eduardo Bolsonaro e Bia Kicis manifestaram apoio à parlamentar, alegando perseguição do Judiciário.

Na mesma decisão também foi determinada a perda do mandato da parlamentar após o fim de todos os recursos e o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos.

+ Por unanimidade, STF condena Carla Zambelli a 10 anos de prisão

+ Enquanto STF avança para condenar Zambelli, outra ação aguarda julgamento no TSE

Nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro afirmou que a decisão do STF foi “mais um dos escandalosos atos de perseguição política”. O político apontou que a sentença foi determinada pelo depoimento de um “notório mentiroso”. “Se o regime não for freado, não existirá mais oposição”, escreveu.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) também fez uma publicação sobre a decisão do STF. Segundo a parlamentar, a condenação de Zambelli se trata de “perseguição política” e “desrespeito ao voto”. “Carla, minha total solidariedade. Os tempos são sombrios, mas seguimos na batalha. Conte com o apoio da oposição”, pontuou.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) reiterou que a condenação da parlamentar é um “desrespeito à vontade popular” e disse que o Senado Federal é “covarde e “corresponsável” por uma “caçada implacável” a quem é “de direita e conservador”

Condenação

Conforme denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República), Zambelli foi a autora intelectual da invasão do CNJ para emissão de um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo as investigações, o hackeamento foi executado por Walter Delgatti Neto, que é réu confesso condenado a oito anos e três meses de reclusão.

Conforme a PF (Polícia Federal), Delgatti teria usando “credenciais falsas obtidas de forma ilícita para inserir os documentos fraudados nos bancos de dados do Judiciário Federal”.

Para a ação, que ocorreu em janeiro de 2023, ele teria recebido um texto entregue pela própria Zambelli. O hacker apresentou à polícia extratos bancários que comprovariam repasses feitos por pessoas ligadas à deputada, totalizando ao menos R$ 13,5 mil.

Em seu depoimento, ele ainda acusou Zambelli de pedir que ele hackeasse Moraes a fim de obter “conversas comprometedoras”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.