Caiado promete anistia como ‘primeiro ato’ caso seja eleito presidente

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), defendeu nesta sexta-feira, 14, a concessão de anistia aos condenados pela invasão do 8 de janeiro de 2023, pauta prioritária de Jair Bolsonaro (PL) e aliados, para permitir que governo federal e Congresso discutam “assuntos relevantes”.

“É um tema que está deixando de pautar o Brasil. Há vários problemas na economia do país, o cidadão trabalha exaustivamente para ter uma renda maior (…) e de repente o assunto do Brasil, discutido no Congresso, é a anistia”, afirmou o político, que é pré-candidato a presidente nas eleições de 2026 na convenção da Apas (Associação Paulista de Supermercados), em São Paulo.

Desde que teve a tramitação em urgência negada na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei da Anistia “travou”, mas segue sendo defendido por parlamentares bolsonaristas e criticado por integrantes do governo Lula (PT).

Diante do entrave, Caiado prometeu assinar o perdão aos invasores como “primeiro ato” caso seja eleito para o Palácio do Planalto. “Para que haja pacificação e eu possa tratar de recuperar o desenvolvimento, a paz, a tranquilidade e a competitividade do país”, justificou.

“O Brasil quer um presidente que trabalhe e dê resultados ao país, e não um que fique alimentando essa tese por tanto tempo”, concluiu o governador.

Novo aceno

O compromisso com a anistia é um dos “requisitos” que os candidatos ao espólio de Bolsonaro — inelegível até 2030 — buscam cumprir para herdar os eleitores do ex-presidente em 2026. Até o momento, o goiano é o único desse campo que se lançou publicamente na corrida contra o presidente Lula.

Em entrevista concedida à IstoÉ em abril, Caiado falou em “excessos” e “punitivismo” nas penas mais duras — 17 anos e meio de prisão — aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) aos participantes da invasão aos Três Poderes, mas evitou se comprometer com o perdão irrestrito aos condenados.

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