Tuta, suspeito de comandar o PCC, é entregue às autoridades brasileiras

Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, suspeito de ser uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi transferido ao Brasil neste domingo, 18, depois de ter sido preso em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, na sexta-feira, 16.

Ele é apontado como substituto de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, no comando na facção criminosa após a transferência do líder para um presídio federal, em 2019. Atualmente, Marcos Roberto não tem mais o mesmo status, mas ainda assim é considerada uma figura importante no PCC.

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Na manhã deste domingo, o suspeito deixou a Bolívia acompanhado de policiais da FELCN e foi entregue aos agentes da PF em Corumbá, no Mato Grosso do Sul, segundo a GloboNews.

Quem é Tuta

Marcos Roberto também atendia pelos codinomes Angola, Africano, Marquinhos, Tá bem, Boy e Gringo. Ele era considerado foragido desde 2020, após passar a tomar decisões estratégicas da facção, como fluxo de caixa e levantamento de informações de autoridades, segundo o MPSP.

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), ligado ao MPSP, deflagrou a Operação Sharks, em 2020, que tinha como objetivo prender Tuta, mas os agentes não obtiveram sucesso. No ano de 2023, a segunda fase da ação mirou “laranjas” que supostamente atuavam diretamente com Tuta.

Então o nome de Marcos Roberto de Almeida foi incluído na Lista de Difusão Vermelha da Interpol, e foi com base nisso que as autoridades bolivianas conseguiram identificar o suspeito. No primeiro momento, ele apresentou uma identidade boliviana falsa com o nome de Maycon Gonçalves da Silva, nascido em 25 de março de 1971.

Segundo a PF, até a noite de sexta-feira, o suspeito permanecia sob custódia das autoridades bolivianas e aguardava os procedimentos legais para extradição ao Brasil.

Tuta chegou a ser detido em 2006 durante uma abordagem em Guarulhos, São Paulo, e teria oferecido R$ 50 mil aos policiais da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) para que não fosse levado a uma delegacia. Ele foi condenado a 23 anos de prisão por latrocínio (roubo seguido de morte), roubo qualificado, ameaça, cárcere privado, uso de documento falso, falsificação de documento público, corrupção ativa e dano qualificado, mas deixou o presídio em 2014, devido à progressão de pena para o regime aberto.

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