Os bebês reborn, bonecos hiper-realistas que simulam recém-nascidos, têm conquistado um público diversificado, abrangendo desde crianças até idosos.
Em entrevista à CNN, a artesã Bruna Graciotto, especialista na criação desses bonecos, afirmou que não há limite de idade para se tornar “mãe” de um bebê reborn ou para colecioná-los.
“Eles são usados por vários motivos”, explica a artesã, destacando a variedade de propósitos que levam as pessoas a adquirir esses bonecos.
Entre as razões apontadas por Graciotto para a aquisição dos bebês reborn, estão:
- Colecionismo: Algumas pessoas os adquirem simplesmente pelo prazer de colecionar.
- Nostalgia: Mães que desejam relembrar a época em que seus filhos eram bebês.
- Luto: Indivíduos que perderam seus filhos e encontram conforto na presença dos bonecos.
-
1 de 14 -
2 de 14Sara Gomes é comerciante e artista reborn desde 2002 • Sara Gomes/Arquivo Pessoal
-
3 de 14Os bebês reborn produzidos por Sara Gomes são feitos a partir de kit de vinil • Sara Gomes/Arquivo Pessoal
-
-
4 de 14Mylla, de 21 anos, é criadora de conteúdo reborn; na foto, ela aparece segurando sua boneca Eloá • Mylla Reborn/Arquivo Pessoal
-
5 de 14Bento é o bebê reborn de Y.B. e viralizou no TikTok após a jovem gravar um vídeo levando-o ao hospital • Y.B./Arquivo pessoal
-
6 de 14Bebês reborn viraram alvo de polêmica nas redes sociais • Instagram/Monickie Urbanjos
-
-
7 de 14Bebê reborn feito por Júlia Brandão • Instagram/ateliejuliabrandao
-
8 de 14Bebê reborn Aurora feita por Monickie Urbanjos • Instagram/Monickie Urbanjos
-
9 de 14Boneca bebê reborn Zaya feita por Monickie Urbanjos • Instagram/ Monickie Urbanjos
-
-
10 de 14Bebê Reborn feito por Monickie Urbanjos • Instagram/Monickie Urbanjos
-
11 de 14 -
12 de 14Bebê Reborn voltou a chamar atenção nas redes sociais • Instagram/ Fabio de Melo
-
-
13 de 14Bebês reborn viralizam nas redes sociais • Instagram/ Fabio de Melo// TikTok/ Sweet Carol
-
14 de 14Bonecas reborn são conhecidas por reproduzirem a aparência real de uma criança • Arquivo Pessoal
A artesã enfatiza que cada cliente tem uma motivação única, tornando o universo dos bebês reborn um fenômeno complexo e multifacetado.
Impacto psicológico
Segundo o psiquiatra Daniel Barros, o apego a esses bonecos não é um fenômeno recente, existindo há mais de uma década.
Barros ressalta que as pessoas costumam se apegar a diversos objetos, como canetas e livros, e que o caso dos bebês reborn não é diferente.
O psiquiatra enfatiza que, na maioria dos casos, as pessoas que dão nomes e até documentos aos bonecos estão apenas brincando e não perderam o contato com a realidade. “Elas não perderam o contato com a realidade, elas estão brincando”, afirma Barros.
No entanto, o especialista alerta que a situação se torna preocupante quando a pessoa passa a acreditar que o boneco é real. “O problema está quando a pessoa coloca uma realidade que não existe, que ele [o bebê reborn] é realmente o seu filhinho e que ele precisa de cuidados.”. Contudo, reforça que não acredita que essas pessoas sejam maioria.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Coleção, nostalgia e luto: Busca por bebês reborn vai de crianças a idosos no site CNN Brasil.