O policial da tropa de elite do Rio de Janeiro, José Antônio Lourenço, morreu após ser baleado na manhã desta segunda-feira (19), durante uma diligência realizada em um dos endereços alvos da operação deflagrada pela Delegacia do Consumidor (Decon), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Antônio Lourenço foi socorrido por colegas de farda e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Ele foi o terceiro integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) a ser baleado nos últimos dois meses na capital carioca.
Quem era o policial da tropa de elite
José Antônio Lourenço atuava na gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD), ao lado do atual secretário da pasta, Brenno Carnevale. Em entrevista à CNN, Carnevale lamentou a morte do agente e destacou sua trajetória dentro e fora da polícia.
Um ser humano diferenciado, profissional absolutamente dedicado e íntegro.
Brenno Carnevale à CNN
A Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro (Sepol) divulgou uma nota lamentando a morte do agente.
“A perda de um dos nossos é sentida com dor e indignação. A Sepol se solidariza com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição”, diz o comunicado.
A pasta informou ainda que diligências já estão em andamento para identificar e capturar os responsáveis pelo ataque.

Linha Amarela fechada após a morte
De acordo com a Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, a ocorrência policial levou à interdição da via expressa no sentido Fundão.
Foram registrados dois fechamentos temporários ao longo da tarde, com o objetivo de garantir a segurança dos motoristas. A empresa alerta para possíveis novos bloqueios e pede que os condutores fiquem atentos às instruções das autoridades.
O confronto também afetou o transporte público. Segundo o Rio Ônibus, 19 linhas de ônibus tiveram que desviar seus itinerários por conta da operação na Cidade de Deus.
Este já é o quinto episódio semelhante apenas neste mês de maio, que acumula um total de 96 linhas desviadas por causa de ações policiais em comunidades do Rio.
A operação
A ação na Cidade de Deus que acabou na morte do policial, teve a pretensão de fiscalizar a produção e venda de gelo nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio após denúncias e laudos que apontaram a presença de coliformes fecais no produto.
Em fevereiro deste ano, uma operação conjunta detectou a contaminação por meio de análises realizadas pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), o que motivou o aprofundamento das investigações.
-
1 de 10Diligência realizada em um dos endereços alvos da operação deflagrada pela Delegacia do Consumidor (Decon), na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio de Janeiro. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
2 de 10A ação desta hoje pretende fiscalizar a produção e venda de gelo nas praias da Barra da Tijuca e do Recreio. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
3 de 10Denúncias e laudos que apontaram a presença de coliformes fecais no gelo oferecido aos consumidores. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
4 de 10Uma operação conjunta detectou a contaminação por meio de análises realizadas pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae), o que motivou o aprofundamento das investigações. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
5 de 10As diligências visam identificar os responsáveis por esse ataque covarde e estão em andamento. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
6 de 10A polícia cumpre mandados de busca e apreensão em estabelecimentos ligados à fabricação e distribuição de gelo. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
7 de 10A Sepol se solidarizou com os familiares, amigos e colegas neste momento de luto, também vivido por cada um da instituição. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
8 de 10Os agentes apuraram possíveis irregularidades no consumo de energia elétrica e crimes ambientais e contra o consumidor. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
9 de 10O policial José Antônio Lourenço foi socorrido por colegas de farda e levado ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, após ser baleado, mas não resistiu. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
-
-
10 de 10Os agentes também verificam a qualidade da água utilizada na produção. • Divulgação/Polícia Civil do Rio de Janeiro
Participam da operação equipes da Decon, da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (DPMA), da Cedae, do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Superintendência de Combate aos Crimes Ambientais (SUPCCA), além de agentes da Core.
Velório do policial
Nas redes sociais, a esposa de Antônio Lourenço, anunciou a morte de seu marido. Ela informou que o velório será realizado na terça-feira (20).
“É com profunda tristeza que comunico o falecimento do meu esposo, Lourenço. para aqueles que quiserem se despedir, o velório será realizado amanhã, 20/5, às 12h, na capela 9 do cemitério jardim da saudade, em Sulacap”, escreveu Marcelle Persant.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Policial da tropa de elite morto na Cidade de Deus: o que se sabe no site CNN Brasil.