O presidente Donald Trump disse que esperava receber uma “explicação” do presidente da África do Sul sobre a abordagem de seu país às leis de igualdade racial, que Trump alegou equivalerem a um “genocídio” de brancos.
O tópico deve ofuscar as conversas nesta quarta-feira (21) no Salão Oval com o presidente Cyril Ramaphosa, que negou veementemente as alegações de Trump de que fazendeiros brancos sul-africanos estão sendo alvo de perseguição.
“Temos muitas pessoas muito preocupadas com a África do Sul, e esse é realmente o propósito da reunião, e veremos como isso vai acabar. Mas temos muitas pessoas que se sentem perseguidas”, disse Trump, explicando por que permitiu que dezenas de africâneres brancos entrassem nos EUA como refugiados na semana passada.
Trump disse que permitiria a entrada de refugiados “se sentirmos que há perseguição ou genocídio acontecendo”.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que quer “reiniciar” o relacionamento entre seu país e os Estados Unidos.
Ele acrescentou que gostaria de promover o comércio com os EUA. “Vocês são uma economia muito maior do que a nossa. Somos apenas uma economia minúscula, mas dependemos uns dos outros em uma série de questões”, disse Ramaphosa.
“Temos minerais essenciais que você deseja para impulsionar o crescimento da sua própria economia e reindustrializar, então temos isso em oferta, incluindo minerais de terras raras”, acrescentou.
Laços afetados
As relações entre a África do Sul e os EUA azedaram recentemente depois que Trump acelerou o status de refugiado para 59 sul-africanos brancos, alegando que a África do Sul está perseguindo sua minoria branca.
A África do Sul, que tem resistido fortemente às alegações de perseguição, por sua vez teme perder seus laços comerciais com os EUA, seu segundo maior parceiro comercial.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Trump cobra líder sul-africano por acusação de “genocídio” de brancos no site CNN Brasil.