‘Seguimos negociando’ sobre tarifas, diz Sheinbaum após telefonema com Trump

A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse, nesta quinta-feira (22), que seu governo segue negociando com os Estados Unidos para chegar a um acordo comercial, após um telefonema com seu contraparte americano, Donald Trump. O México é um dos países mais vulneráveis às tarifas aduaneiras impostas por Trump, já que 80% de suas exportações vão para os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial. “Seguimos falando sobre os temas comerciais. Nada em particular, mas também (que) seguimos negociando, com boa relação e boa comunicação”, disse a mandatária em sua habitual coletiva de imprensa matinal, sem dar mais detalhes do telefonema. “Não quero ir muito além até que possamos chegar a algum acordo”, acrescentou.

Sheinbaum acrescentou que o secretário de Economia, Marcelo Ebrard, viajará na sexta-feira a Washington para uma reunião. Ebrard disse na mesma coletiva de imprensa que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no México alcançou os 21,4 bilhões de dólares (R$ 121 bilhões) no primeiro trimestre do ano. “É muito boa notícia porque é um trimestre que foi complexo no cenário internacional”, acrescentou o funcionário na mesma coletiva de imprensa. Embora o México tenha se livrado das tarifas recíprocas que Trump anunciou contra dezenas de países, os setores automotivo e siderúrgico enfrentam tarifas.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Nesta semana, Ebrard informou que os carros fabricados no México para exportação aos Estados Unidos poderão pagar uma tarifa de 15% em vez de 25%, de acordo com uma nova disposição de Washington. Desde 3 de abril, os veículos importados para os EUA são taxados em 25%, exceto as peças provenientes do Canadá e do México cobertas pelo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (T-MEC). Uma das maiores reclamações de Trump e um argumento para impor tarifas é que o México e o Canadá não estão fazendo o suficiente para impedir a entrada de imigrantes e drogas nos Estados Unidos.

*Com informações da AFP
Publicado por Fernando Dias

Adicionar aos favoritos o Link permanente.