O cinema brasileiro alcançou um marco histórico no Festival de Cannes 2025, com Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho sendo premiados nas categorias de Melhor Ator e Melhor Direção, respectivamente, pelo filme “O Agente Secreto”. Esta conquista representa um feito inédito para o país na prestigiada competição cinematográfica.
Wagner Moura, reconhecido por sua atuação no papel de um professor universitário que retorna a Recife durante a ditadura militar, recebeu o prêmio de Melhor Ator. Kleber Mendonça Filho, por sua vez, foi laureado com o troféu de Melhor Direção, consolidando sua trajetória no festival após o sucesso de “Bacurau” em 2019.
Reconhecimento internacional
O filme “O Agente Secreto”, ambientado nos anos 70, também conquistou o Prêmio da Crítica mais cedo neste sábado. O longa foi o único a receber dois prêmios no festival. Apesar de não ter vencido a Palma de Ouro, que foi concedida ao iraniano Jafar Panahry por “It Was Just an Accident”, as premiações marcam um momento significativo para o cinema brasileiro.
Cyntia Calhado, professora de Cinema e Audiovisual da ESPM, destaca a importância dessas conquistas: “O cinema brasileiro está sendo reconhecido nos principais festivais. Estamos vivendo um excelente momento, com premiações em Cannes, Berlim e no Oscar”.
Perspectivas futuras
A especialista também ressalta que o sucesso em Cannes pode abrir portas para futuras premiações, incluindo o Oscar. “O Agente Secreto” já tem acordos de distribuição para exibição em salas de cinema norte-americanas e europeias, o que aumenta sua visibilidade e chances de reconhecimento em outras premiações internacionais.
O Festival de Cannes é conhecido por valorizar o cinema de autor e filmes que abordam questões políticas relevantes. A premiação de “O Agente Secreto” não apenas reconhece a qualidade artística do filme, mas também reafirma a posição do Brasil no cenário cinematográfico mundial.
“O Agente Secreto”: as primeiras reações ao novo filme de Wagner Moura
