
Durante uma sessão na Câmara dos Vereadores de São Paulo nesta terça-feira (29), a vereadora Cris Monteiro (Novo), gerou polêmica ao afirmar que “mulher branca, bonita e rica incomoda”. A declaração ocorreu em meio à votação do projeto de lei que reajusta o salário dos servidores municipais, aprovado com 34 votos favoráveis e 17 contrários. O projeto, proposto pela gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), prevê um aumento salarial em duas etapas: 2,60% em maio deste ano e 2,55% em maio do próximo ano, totalizando 5,15%. No entanto, o reajuste ficou abaixo do reivindicado pela categoria, que está em greve exigindo um aumento acima da inflação de 5,65%, conforme o IPCA.
A sessão foi marcada por protestos de vereadores do PT e do PSOL, que se opuseram ao projeto do executivo. Durante a discussão, a vereadora Cris Monteiro se queixou de interrupções enquanto discursava na tribuna, dirigindo-se à vereadora Luana Alves, do PSOL, pedindo que ficasse calada. Monteiro alegou que não conseguia falar por ser “branca, bonita e rica”, o que gerou reações de manifestantes que a acusaram de racismo. A sessão foi interrompida por 20 minutos, e posteriormente, Monteiro se desculpou, afirmando que não teve a intenção de ofender ninguém.

A vereadora Luana Alves protestou contra a fala de Monteiro e levou o caso à corregedoria, acusando-a de conduta ofensiva ao decoro parlamentar. Outro incidente ocorreu quando o vereador Toninho Vespoli (PSOL), levantou um cartaz em apoio aos manifestantes, sendo confrontado por Rubinho Nunes (União), que tentou retirar o cartaz, resultando em um confronto físico.