EUA oferecem US$1.000 para que imigrantes deixem o país voluntariamente

O governo Trump oferecerá uma ajuda de custo de US$1.000 e assistência de viagem aos imigrantes que optarem por se “autodeportar” voluntariamente dos EUA, informou o Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês) nesta segunda-feira.

A ajuda de custo e a possível passagem aérea para os migrantes que voluntariamente partirem custariam menos do que uma deportação real, disse a agência. O custo médio da prisão, detenção e deportação de alguém sem status legal é atualmente de cerca de US$17.000, de acordo com o DHS.

O presidente republicano Donald Trump assumiu o cargo em janeiro prometendo deportar milhões de pessoas, mas até o momento tem ficado atrás das deportações de seu antecessor democrata Joe Biden. O governo Biden enfrentou altos níveis de imigração ilegal e rapidamente devolveu muitos dos que foram pegos cruzando a fronteira.

O governo Trump deportou 152.000 pessoas desde 20 de janeiro, de acordo com o DHS – menos do que as 195.000 deportadas entre fevereiro e abril do ano passado sob Biden. O chefe executivo tentou ainda incentivar os migrantes a sair voluntariamente, ameaçando com multas pesadas, tentando retirar o status legal e deportando migrantes para prisões notórias na Baía de Guantánamo e em El Salvador.

“Se você está aqui ilegalmente, a autodeportação é a melhor, mais segura e mais econômica maneira de deixar os EUA para evitar a prisão”, disse a secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em um comunicado.

Em março, o governo lançou um aplicativo renomeado chamado CBP Home, para facilitar a autodeportação. O aplicativo, anteriormente chamado CBP One, foi usado pela administração Biden para permitir que os migrantes entrassem legalmente nos EUA.

Trump apresentou uma prévia do plano de auxílio de custo em abril, dizendo que os EUA considerariam permitir o retorno dos migrantes.

“Se eles forem bons, se os quisermos de volta, trabalharemos com eles para que voltem o mais rápido possível”, disse.

No anúncio desta segunda-feira, o DHS disse que as pessoas que optarem por sair “podem ajudar a preservar” a capacidade de retornar legalmente, mas não citou nenhum caminho ou programa específico.

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