Polícia prende grupo criminoso suspeito de expulsar moradores de condomínios para traficar drogas em Canoas


Investigação indica que o grupo fazia o fornecimento de drogas no interior e ao redor do local, além de controlar a administração do espaço, incluindo empresas de manutenção, limpeza, vigilância e até uma imobiliária. Polícia faz operação contra suspeitos de dominar condomínios e usar imobiliária para traficar drogas em Canoas
Ronaldo Bernardi/Agência RBS
A Polícia Civil prendeu, durante operação na manhã desta terça-feira (20), sete pessoas suspeitas de fazerem parte de um grupo sob investigação por invadir e dominar condomínios para traficar drogas em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Até uma imobiliária teria sido usada no esquema (saiba mais abaixo).
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As moradias ficam nos bairros Mathias Velho e Guajuviras. Em um dos condomínios, vivem 4,8 mil pessoas. A investigação indica que houve casos em que famílias foram expulsas de casa e o espaço passou a ser usado para armazenar drogas. Quem permaneceu morando nos apartamentos era ameaçado e obrigado a ficar em silêncio.
No total, a Polícia Civil cumpre 78 ordens judiciais em Canoas, Eldorado do Sul, Cachoeirinha, Rolante, Riozinho, São Leopoldo e Gravataí, além de Lages, em Santa Catarina. O objetivo é apreender veículos e armas, além de sequestrar e bloquear contas bancárias.
Os suspeitos são investigados pelos crimes de tráfico de drogas, organização criminosa, corrupção de menores e lavagem de dinheiro.
Polícia faz operação contra organização criminosa suspeita de dominar condomínios e imobiliária para traficar drogas em Canoas
Polícia Civil/Divulgação
Investigação
Conforme a Polícia Civil, o esquema criminoso se estende há mais de um ano. O grupo dominava o fornecimento de drogas no interior e ao redor do condomínio, além de controlar a administração do espaço, incluindo empresas de manutenção, limpeza, vigilância e até uma imobiliária.
Esquema
Os alvos da Polícia Civil são suspeitos de ter mantido uma mulher em cárcere privado em dezembro de 2024. Ela, que era companheira de um ex-chefe de uma organização criminosa, ficou presa no local com os dois filhos. Eles pretendiam que ela repassasse informações sobre um grupo rival – também envolvido com o tráfico.
Além disso, ainda em dezembro do mesmo ano, policiais da Brigada Militar (BM) fizeram operação em um dos condomínios e foram alvos de tiros. Mais tarde, veículos foram incendiados.
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